sexta-feira, 18 de abril de 2014




Por Leonardo Soares




É impressionante como o frenesi gerado com o evento de "comemoração" dos 50 anos do Golpe de 1964 mexeu e ainda vem mexendo com o notável e espetacular contador de estórias Marco Antonio Villa.

Se as inúmeras pesquisas, revelações e confirmações seriam motivos de apreço em qualquer mentalidade minimamente coerente e sensata, para o nosso memorialista dos anos de chumbo tem sido motivo de angústia e aflição.

Munido de sentimento tão devastador, Villla se insurge contra toda a crítica que vem se consolidando a respeito daquele período horrendo de nossa história.

E, então, como bom aprendiz dos “revolucionários” da Marcha da Famiglia Com Deus, abre semanalmente - a partir das páginas do pasquim que apoiou descaradamente o Golpe de 64 - o seu particular tiroteio contra o argumento histórico.

Ao fim e ao cabo nada sobra. Nada, nem o respeito à verdade e ao compromisso com a honestidade intelectual.

Minto: o que se tem é a construção de uma memória que corrobora a “Revolução Redentora”, assume com extrema irresponsabilidade os argumentos e balelas dos “revolucionários”, manipula depoimentos para associar a figura de Jango a de um bufão pseudo-peronista que cheirava a churrasco e classifica os membros da luta armada como protótipos de Darth Vader a serviço do ouro de Moscou.

E ainda alça como heróis da resistência democrática homens que foram apoiadores e articuladores do Golpe, seus seguidores de primeira hora como Ulisses Guimarães (futuro esqueleto sem paradeiro...) e JK.



Depois de tanta barbaridade em forma de texto, fica difícil saber qual o melhor lugar para se depositar os “escritos” do contador de estória: se no esgoto a céu aberto mais próximo de casa ou se num necrotério.....





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