Por Leonardo Soares
É
impressionante como o frenesi gerado com o evento de "comemoração"
dos 50 anos do Golpe de 1964 mexeu e ainda vem mexendo com o notável e
espetacular contador de estórias Marco Antonio Villa.
Se as inúmeras
pesquisas, revelações e confirmações seriam motivos de apreço em qualquer
mentalidade minimamente coerente e sensata, para o nosso memorialista dos anos
de chumbo tem sido motivo de angústia e aflição.
Munido de
sentimento tão devastador, Villla se insurge contra toda a crítica que vem se
consolidando a respeito daquele período horrendo de nossa história.
E, então,
como bom aprendiz dos “revolucionários” da Marcha da Famiglia Com Deus, abre
semanalmente - a partir das páginas do pasquim que apoiou descaradamente o
Golpe de 64 - o seu particular tiroteio contra o argumento histórico.
Ao fim e ao
cabo nada sobra. Nada, nem o respeito à verdade e ao compromisso com a
honestidade intelectual.
Minto: o que
se tem é a construção de uma memória que corrobora a “Revolução Redentora”, assume
com extrema irresponsabilidade os argumentos e balelas dos “revolucionários”,
manipula depoimentos para associar a figura de Jango a de um bufão
pseudo-peronista que cheirava a churrasco e classifica os membros da luta
armada como protótipos de Darth Vader a serviço do ouro de Moscou.
E ainda alça
como heróis da resistência democrática homens que foram apoiadores e
articuladores do Golpe, seus seguidores de primeira hora como Ulisses Guimarães
(futuro esqueleto sem paradeiro...) e JK.
Depois de tanta barbaridade em forma de texto, fica difícil
saber qual o melhor lugar para se depositar os “escritos” do contador de
estória: se no esgoto a céu aberto mais próximo de casa ou se num
necrotério.....
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