terça-feira, 30 de abril de 2013

O Trabalho social no contexto da atual política nacional de habitação: a difusão de um modelo e as implicações para o exercício profissional do assistente social



Autora: Juliana Rosa Pimentel


Resumo


O presente artigo analisa, do ponto de vista sociopolítico, o trabalho social desenvolvido nos programas de habitação de interesse social geridos pelo governo federal, através do Ministério das Cidades, no contexto da atual Política Nacional de Habitação. Trata-se de um ensaio que objetiva abordar elementos causais e estruturais que passam a definir um determinado padrão de intervenção social destinado às classes mais pauperizadas no acesso à moradia através do sistema formal de habitação e as implicações deste processo para o exercício profissional do assistente social.





segunda-feira, 29 de abril de 2013

 

O áudio dos discursos de Marin



Aqui estão os discursos feitos por pelo então deputado estadual da Arena, o partido da ditadura, José Maria Marin, em 1975, endossando o ódio de seu colega Wadi Helu, e, em 1976, elogiando o torturador Sérgio Fleury, mesmo depois de ele já ter sido denuciado como tal e como integrante do Esquadrāo da Morte.
O primeiro discurso ajudou para que o diretor de Jornalismo da TV Cultura, Vladimir Herzog, fosse preso, torturado e morto nas dependências da OBAN. O segundo dispensa explicação.
Estes áudios foram descobertos e disponibilizados por meio do trabalho do deputado estadual do PT de São Paulo, Adriano Diogo, que preside a Comissão Estadual da Verdade “Rubens Paiva”, na Assembléia Legislativa paulista.


http://blogdojuca.uol.com.br/2013/04/o-audio-dos-discursos-de-marin/


AUTORA: INÊS ZUBER


Os Conselhos Comunais surgem na Venezuela, em 2006, na sequência da chegada ao poder do Presidente Chávez e do início do chamado “processo bolivariano”. Estas organizações constituem um modelo de “micro-governos” em pequenos espaços territoriais geográficos, cujos “governantes” pertencem à comunidade em causa. Fazem ainda parte de um projecto governamental mais amplo, que pretende reconstruir administrativamente o território, com base na criação de Comunas. Neste texto pretendemos, com base em trabalho etnográfico realizado, analisar as formas de funcionamento, o conteúdo da sua actividade e as representações sociais sobre estas formas de organização. Discutiremos ainda o que as assemelha ou distingue do conceito teórico de "movimento social".



TEXTO COMPLETO: 
http://www.uff.br/periodicoshumanas/index.php/convergenciacritica/article/view/806

domingo, 28 de abril de 2013

Revista Convergência Crítica - Derechos humanos (dossier)


Los editores José Henrique Carvalho Organista e Leonardo Soares dos Santos, integrantes del Núcleo de Estudios e Investigaciones en Teoría Social (NEPeTS) con sede en el Polo Universitario de Campos de Goytacazes, dependiente de la Universidad Federal de Fluminense (Ciudad de Campos, Estado de Rio de Janeiro), invitan a investigadores Latinoamericanos a presentar artículos para considerar su publicación en la Revista Convergencia Crítica, de reciente aparición. 
Los originales deben seguir los siguientes requisitos:

  • Pueden ser enviados en Portugués y Español. En este último caso, deberá adjuntarse un resumen en portugués. 
  • Los artículos deberán tener un máximo de 25 páginas, letra Times New Roman, tamaño 12, espacio 1.5
  • Las notas al pie de página deberán tener un tamaño de letra de 10.
  • El resumen deberá tener un máximo de 250 palabras, y entre un mínimo de 3 y un máximo de 5 palabras clave.
  • Deberá usarse un procesador Microsfot Word, Open Officce o RTF.



El tema del proximo dossier será DERECHOS HUMANOS, SOB UN PUNTO DE VISTA SOCIOLOGICO Y HISTORICO.

Mayor información se encuentra disponible en la web de la Revista: http://www.uff.br/periodicoshumanas/index.php/convergenciacritica/index

Puede contactarse con el Comite Redactor, mail: rconvergenciacritica@gmail.com para mayor información.





sábado, 27 de abril de 2013

Jornadas Internacionales "Actualidad de la Teoría Crítica". VI Coloquio Internacional "Teoría Crítica y Marxismo Occidental".






Jornadas Internacionales "Actualidad de la Teoría Crítica"

VI Coloquio Internacional "Teoría Crítica y Marxismo Occidental"


Rosario, Facultad de Psicología (UNR)
10, 11 y 12 de octubre de 2013
Organizan:
Facultad de Psicología (UNR)
Centro de Estudios de Teoría Crítica
Cátedra Libre “Teóría Crítica y Marxismo Occidental” (FFyL, UBA)
NIEP-Marx
Universidade Federal de Minas Gerais
Revista Herramienta
Las Jornadas Internacionales Actualidad de la Teoría Crítica son una propuesta que nace a partir de un análisis que compartimos, a saber: que existe una diversidad de núcleos de trabajo, reflexión y producción colectiva en nuestro país, en nuestra América y también en otras latitudes, que asumen el desafío de construir permanentemente un sentido de conocimiento que no sólo busca dar cuenta de las reconfiguraciones de la sociedad, sino que, fundamentalmente, intenta contribuir a trazar horizontes y a generar herramientas para la transformación radical de la misma.
Nuestro propósito es renovar las discusiones del presente histórico, signado por desarrollos desiguales de carácter nacional y continental, en sus vinculaciones con las antiguas problemáticas clasistas no superadas, y que se encuentran aún latentes en reconfiguraciones locales. En este sentido es que emprendemos el desafío de articular un debate que muchas veces aparece disperso o fragmentado, encarando discusiones que aporten para el desarrollo transformador de la Teoría Crítica, a la cual queremos acumular en el sentido de una actualización problemática y antidogmática
Informes: ce.teoriacritica@gmail.com
Presentación de propuestas: Deberán ser enviadas como archivo adjunto según su pertenencia temática a las siguientes direcciones:
Arte y crítica de la cultura: jiatc.arte@gmail.com
Teoría y economía críticas: jiatc.economia@gmail.com
Política y actualización marxista: jiatc.politica@gmail.com
Psicoanálisis y Teoría crítica: jiatc.psicoanalisis@gmail.com
Género, Teoría crítica y emancipación: jiatc.genero@gmail.com
Teoría crítica, balances y perspectivas: jiatc.teoriacritica@gmail.com
Fecha de envío de los resúmenes: antes del 1/8/2013. El abstract ha de incluir:
a. Nombre; institución; dirección y código postal; teléfono; e-mail.
b. Área temática escogida.
c. Título de la ponencia.
d. Resumen de no más de 200 palabras.
e. Idiomas: español, portugués.
Presentación de ponencias: hasta 01/09/2013. La ponencia ha de incluir:
a. Nombre; institución; dirección y código postal; teléfono; e-mail.
b. Área temática escogida.
c. Título de la ponencia.
d. No más de 5.500 palabras; Times New Roman, 12 pt, interlineado sencillo.
e. Idiomas: castellano, portugués.

Crônicas de um futebol crônico




O texto que ora apresentamos faz questão de ser ridículo. Pois quanto mais nos deparamos com os descalabros do cenário do futebol nacional, só apelando para o grotesco para poder digerir um pouco de tanta sandice empurrada à seco em nossas goelas pela imprensa, cartolada e “professores de futebol”.

Mais do que um ensaio ele busca propor um exercício de raciocínio pela via do absurdo e do tragicômico. Exercício certamente bastante espúrio, mas ao fim e ao cabo frutífero, pois procura o esclarecimento dos aspectos que permeiam as estruturas arcaicas e selvagens do futebol brasileiro, e carioca em particular.

Afinal, quais são as questões que ocupam o primeiro plano hoje no futebol brasileiro:

Algum esquema tático inovador foi descoberto e se encontra em desenvolvimento por um ou mais times, ou pela própria seleção?

Resposta: não!

Há grande leva de jogadores descobertos? Uma safra de primeiríssima que foi “colhida” e se encontra agora enchendo os olhos de todo o mundo?

Resposta: não!

Os campeonatos locais esbanjam vitalidade, com estádios apinhados de gente, rendas fabulosas em todos os jogos, partidas espetaculares, gols fantásticos, jogadas incríveis?

Resposta: não!

Os clubes se encontram superavitários, pujantes, com saúde financeira esplendorosa?

Resposta: não!

Mas, afinal, o que se passa nessa terra de meu Deus? Vejamos apenas as três situações mais prementes nessa segunda quinzena de abril de 2013, há pouco mais de um ano da Copa de 2014.

Vamos começar por um episódio bem fresquinho em nossas vilipendiadas retinas. Fim de jogo, o time do Grêmio, treinado pelo Van Der Ley Luxemburro – fino e charmoso – consegue seguir para a próxima fase da Copa Libertadores com muito custo. Eliminava para isso o time do Huachipato, do Chile. Terminado o jogo, Var Der Ley decide tirar um sarro com a cara dos chilenos e lhes lança, com a cara mais risonha e debochada, a seguinte frase: “se van de vacaciones!!”. Pra quê? É a senha para uma grande batalha campal. Vanderley é impiedosamente perseguido. Por pura sorte não é surrado à base de pisadas. Sim, pois ele acabou caindo de bunda no chão. Alguns torcedores invadem o relvado. A polícia de choque da Dinamarca, isto é, do Chile impede uma trajédia.

Mais um papelão. Algo muito frequente nos gramados europeus. Mas a vergonha não para por aí. Pelo Twitter, Edmundo, ex-jogador, condenado pela Justiça pelo assassinato de duas pessoas num acidente automobilístico no remoto ano de 1995 (sim, ele foi condenado, mas não passou uma noite na prisão, vá entender as leis holandesas, isto é, brasileiras...), e desafeto de Van Der Ley, faz questão de postar: “Vc mereceu filho da puta...”. Talvez aconselhado por amigos, Ed Mund, cujo codinome é bastante ilustrativo de sua personalidade (Animal, “homenagem” de um radialista paulista), resolve maneirar. E num rompante de lucidez, refaz o comentário: “Vc mereceu vagabundo....”





Toda a situação é sem dúvida, de muito escândalo.  Mas quisera Deus que os vexames do futebol brasileiro terminassem por ai. Vejam o campeonato carioca. Todos os estádios do Rio foram interditados. O Engenhão, por exemplo, não tem mais do que 6 anos. Mas parte da sua estrutura se encontra em adiantado estado de decomposição. A empreiteira responsável pela obra só reparou no problema justamente depois de expirar o prazo de garantia da obra. Agora, com esse lapso, a municipalidade terá de arcar com os custos das reformas.

Vamos ao segundo case. O caso do Maracanã é mais aberrante. Fechado para a sua enésima obra será reaberto para uma pelada reunindo os amigos de Bebeto, de um lado, e os amigos de Ronaldo, de outro. Bebeto é deputado estadual, incapaz de fazer uma crítica aos rumos que a Copa do Brasil tem tomado: obras superfaturadas, uma série de outras irregularidades (comida estragada, problemas de segurança dos trabalhadores envolvidos, licitações obscuras, até uma escola e um museu resolveram demolir....), prazos estourados. Bebeto se comporta da mesma forma como se comportava nos tempos em que era apenas jogador de futebol. Talentoso, mas sem nenhuma personalidade, nunca se impunha, apático em certas ocasiões. Os adversários, não sem razão, o tachavam de “bebê chorão”.

Já Ronaldo, ex-craque do PSV, tem postura bem pior. Depois de abandonar os campos resolveu se tornar empresário. Principalmente de jogadores de futebol. Mas não só. Até lutadores de MMA ele decidiu empresariar. Não satisfeito aceitou fazer parte do COL, como se isso não implicasse em nenhum conflito de interesses. Para piorar aceitou o convite para ser comentarista especial do canal detentor dos direitos de transmissão da Copa no país, a TV Globo.

A postura dos dois protagonistas do jogo de reabertura do Maracanã e a (falta) de postura deles diante da Copa é ilustrativo do cenário ético dessa pocilga chamada Brasil.

Após a Copa das Confederações o estádio será fechado de novo. O motivo: será reformado para a Copa do Mundo. Após a Copa do Mundo será fechado novamente, por mais alguns anos. O motivo: será reformado para as Olimpíadas. O custo do estádio já ultrapassa em 300% a quantia inicialmente estipulada. os números já chegaram à casa de 1,6 BILHÃO!!!! Mas tanto o Ministério Público, quanto o Tribunal de Contas, assim como a própria população brasileira não vêem nada de anormal. Que triste esse grau de cumplicidade por parte do povo!

Por essas e outras eles se veem alijados de um dos seus maiores patrimônios: o Maracanã. Há mais de 2 anos cariocas não sabem o que é assistir um jogo de futebol nesse estádio. E que depois de todas as reformas, totalmente custeadas com o dinheiro do contribuinte, será transferido para as mãos privadas e gananciosas de um mega empresário e especulador (desculpem a redundância): Eike Batista.

Mas o povo não é bobo. Por mais que não se rebele frente aos descalabros que ocorrem em relação às obras da Copa e das Olimpíadas, ele expressa de uma outra maneira a sua desilusão com o futebol brasileiro. Os seus campeonatos locais são uma comprovação inequívoca do desprezo cada vez maior da população frente aos rumos que o futebol tem tomado no país. Jogos quase sem público. A audiência da própria TV despenca a cada final de semana. Nem os clássicos despertam interesse. O nível dos times contribui para tal quadro: jogadores fracos, despreparados técnica e fisicamente, incapazes de trocar 5 ou 6 passes – e de curta distância.

Times mal armados. O número de chutões é significativo. Gramados cheios de falhas, buracos, montinhos. Uma calamidade!

Vamos ao último caso, pois o meu estômago não é de ferro. Jogador do Vasco é torturado no Complexo da Maré e se safa por pouco. Motivo: teria se envolvido com uma das “mulheres” do Menor P, chefe do tráfico da região e por isso levou uma bela sova. Sorte um pouco pior teve a amada que levou nada menos do que cinco tiros nas pernocas. O Vasco prometeu total apoio ao chutador de bola. Outros dois jogadores estavam envolvidos. Um de um time pequeno do Rio, o Fluminense e outro, de um time paulista da segunda divisão, de nome porco. Meu deus.....

Ah, tenha paciência. E alguém ainda acha que esse futebol pode ser considerado alguma coisa???




quarta-feira, 24 de abril de 2013

EX-DELEGADO: FOLHA FINANCIAVA OPERAÇÕES NA DITADURA; FRIAS VISITAVA O DOPS, ERA AMIGO PESSOAL DE FLEURY


EX-DELEGADO: FOLHA FINANCIAVA OPERAÇÕES NA DITADURA; FRIAS VISITAVA O DOPS, ERA AMIGO PESSOAL DE FLEURY



do portal Terra 
O ex-delegado da Polícia Civil Claudio Guerra afirmou nesta terça-feira, à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, que foi o autor da explosão de uma bomba no jornal O Estado de S. Paulo, na década de 1980, e afirmou que a ditadura, a partir de 1980, decidiu desencadear em todo o Brasil atentados com o objetivo de desmoralizar a esquerda no País.

“Depois de 1980 ficou decidido que seria desencadeada em todo o País uma série de atentados para jogar a culpa na esquerda e não permitir a abertura política”, disse o ex-delegado em entrevista ao vereador Natalini (PV), que foi ao Espírito Santo conversar com Guerra.

No depoimento, Guerra afirmou que “ficava clandestinamente à disposição do escritório do Sistema Nacional de Informações (SNI)” e realizava execuções a pedido do órgão.

Entre suas atividades na cidade de São Paulo, Guerra afirmou ter feito pelo menos três execuções a pedido do SNI. “Só vim saber o nome de pessoas que morreram quando fomos ver datas e locais que fiz a execução”, afirmou o ex-delegado, dizendo que, mesmo para ele, as ações eram secretas.

Guerra falou também do Coronel Brilhante Ustra e do delegado Sérgio Paranhos Fleury, a quem acusou de tortura e assassinatos. Segundo ele, Fleury “cresceu e não obedecia mais ninguém”. “Fleury pegava dinheiro que era para a irmandade (grupo de apoiadores da ditadura, segundo ele)”, acusou.

O ex-delegado disse também que Fleury torturava pessoalmente os presos políticos e metralhou os líderes comunistas no episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa, em 1976.

“Eu estava na cobertura, fiz os primeiros disparos para intimidar. Entrou o Fleury com sua equipe. Não teve resistência, o Fleury metralhou. As armas que disseram que estavam lá foram ‘plantadas’, afirmo com toda a segurança”, contou.

Guerra disse que recebia da irmandade “por determinadas operações bônus em dinheiro”. O ex-delegado afirmou que os recursos vinham de bancos, como o Banco Mercantil do Estado de São Paulo, e empresas, como a Ultragas e o jornal Folha de S. Paulo. “Frias (Otávio, então dono do jornal) visitava o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), era amigo pessoal de Fleury”, afirmou.

Segundo ele, a irmandade teria garantido que antigos membros até hoje tivessem uma boa situação financeira.

‘Enterrar estava dando problema’

Segundo Guerra, os mortos pelo regime passaram a ser cremados, e não mais enterrados, a partir de 1973, para evitar “problemas”. “Enterrar estava dando problema e a partir de 1973 ou 1974 começaram a cremar. Buscava os corpos da Casa de Morte, em Petrópolis, e levava para a Usina de Campos”, relatou.

VIII JORNADAS INTERDISCIPLINARIAS DE ESTUDIOS AGRARIOS Y AGROINDUSTRIALES 2013




VIII Jornadas de Estudios Agrarios y Agroindustriales

Los invitamos a participar de las VIII Jornadas Interdisciplinarias y a constituirse en difusores de las mismas en vuestros lugares de trabajo e investigación...





VIII JORNADAS INTERDISCIPLINARIAS DE ESTUDIOS AGRARIOS Y AGROINDUSTRIALES
  • Fecha: 29, 30, 31 de octubre y 1 de noviembre de 2013
El Comité Organizador de las VIII Jornadas Interdisciplinarias de Estudios Agrarios y Agroindustriales informa que las mismas se realizarán los días 29, 30, 31 de octubre y 1 de noviembre de 2013 en la Facultad de Ciencias Económicas de la Universidad de Buenos Aires.
Próximamente se distribuirá la Circular 1, conteniendo los Ejes Temáticos propuestos, los Cronogramas y las modalidades de funcionamiento de las Jornadas.
Como ya es tradición en este evento, nos proponemos profundizar el encuentro e intercambio interdisciplinario y plural de sociólogos, agrónomos, historiadores, antropólogos, economistas, ambientalistas, geógrafos y de todos los investigadores que desde diferentes abordajes, perspectivas e instituciones, coincidimos en el estudio y debate de los problemas agrarios y agroindustriales.
Con este objetivo los invitamos a participar de las VIII Jornadas Interdisciplinarias y a constituirse en difusores de las mismas en vuestros lugares de trabajo e investigación.

IV SIMPÓSIO DE PESQUISA ESTADO E PODER Ditaduras e democracias



Campus de Marechal Cândido Rondon
Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras
Programa de Pós-Graduação em História
Área de Concentração: História, Poder e Práticas Sociais

I


IV SIMPÓSIO DE PESQUISA ESTADO E 


PODER

Ditaduras e democracias

Evento de âmbito nacional
UNIOESTE - Campus de Marechal Cândido Rondon.  PR
20 a 22 de agosto de 2013

2ª CIRCULAR




PROMOÇÃO
Linha de Pesquisa Estado e Poder - Programa de Pós-Graduação em História, Poder e Práticas Sociais
Grupo de Pesquisa História e Poder – Colegiado do Curso de História
Laboratório de Pesquisa Estado e Poder

APRESENTAÇÃO
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IV Simpósio de Pesquisa Estado e Poder: DITADURAS E DEMOCRACIAS, promovido pela Linha de Pesquisa Estado e Podere pelo Grupo de Pesquisa História e Poder, tem como objetivo viabilizar a apresentação e discussão das pesquisas relacionadas à vasta problemática que envolve as relações de poder e a configuração do Estado, em sua dimensão ampliada e aprofundar esta discussão no que se refere aos termos “ditadura” e “democracia”, seja através do debate teórico, seja através da análise de experiências históricas. A organização do evento é de responsabilidade dos professores e mestrandos vinculados à Linha de Pesquisa Estado e Poder do Programa de Pós-Graduação em História, Poder e Práticas Sociais (PPGH), bem como dos professores e acadêmicos que integram o Grupo de Pesquisa História e Poder e o Laboratório de Pesquisa Estado e Poder (pesquisadores, mestrandos, graduandos e bolsistas e professores da rede estadual de ensino fundamental e médio), contando ainda com o apoio e parceria de diversos grupos de pesquisa.
A Linha de Pesquisa Estado e Poder tem por objeto de ensino e de investigação as práticas sociais relacionadas ao Estado e ao Poder. A abordagem que orienta os estudos dos integrantes da linha concebe o Estado em seu sentido amplo, compreendendo a articulação entre sociedade civil e sociedade política e abarcando aspectos diversos das relações estabelecidas entre os agentes sociais. O poder é exercido no interior da sociedade política, mas também no âmbito das mais variadas organizações e corporações da sociedade civil. O exercício do poder e a produção de hegemonia abrangem, portanto, esferas diversas, como a gestação e a afirmação, a crítica e a contraposição de projetos sociais, as elaborações intelectuais e as políticas partidárias, a organização dos diferentes grupos e classes sociais, a constituição de aparelhos privados de hegemonia, o gerenciamento e a disseminação de ideologias e projetos sociais.
O Simpósio de Pesquisa Estado e Poder ocorre desde 2007, tem periodicidade bianual e âmbito nacional. A temática central deste quarto Simpósio tem como objetivo promover a discussão sobre ditaduras e democracias, propiciando tanto a apresentação de reflexões de caráter teórico como a apresentação de estudos empíricos. Interessa-nos pensar a historicidade das distintas conformações das ditaduras e democracias, os embates sociais em torno de seu formato, a intervenção de aparelhos privados de hegemonia, os mecanismos de produção e disseminação do consenso e as iniciativas voltadas à contestação e resistência. Igualmente interessa-nos refletir sobre os processos de transição e os elementos de ruptura e continuidade que os permeiam, a intervenção das classes, frações de classe e grupos sociais e os embates na memória acerca do significado histórico das ditaduras.
Poderão ser aceitas, a critério da comissão científica, proposições de comunicações acadêmicas que extrapolem o eixo temático proposto, desde que em alguma medida estabeleçam relação com a problemática de Estado e Poder.


CRONOGRAMA
3/6 a 2/8: Inscrições com apresentação de trabalhos.
5/8: Divulgação dos trabalhos aceitos e emissão das cartas de aceite
5/8 a 12/8: Inscrição para ouvintes.
30/8: Entrega do texto completo para publicação nos Anais do Simpósio.
Obs: Serão publicados nos Anais exclusivamente os textos dos trabalhos efetivamente apresentados


INSCRIÇÕES
* Graduandos: R$ 10,00
* Demais inscrições: R$ 20,00


INSCRIÇÃO DE TRABALHOS
Período de Inscrições: 03/06  a 02/08 de 2013.
-   A inscrição deve conter: Título; Autor; Vínculo Institucional; Resumo (entre 15 a 20 linhas) e 3 Palavras-Chave.
-   Formatação: Fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples e Margens 2,5.
- A inscrição será efetivada através do envio da Ficha de Inscrição em anexo (e disponível também em www.historiaepoder.net), devidamente preenchida, para o endereço eletrônico estadoepoder@yahoo.com.br
-   No caso de pagamento antecipado, é necessário o envio do comprovante digitalizado ou a sua entrega no credenciamento do evento.
- São aceitos no máximo dois autores por trabalho, devendo ambos estarem inscritos no evento e participarem da apresentação do trabalho.
- O Orientador não deve constar como co-autor do trabalho.
- Será aceito apenas um trabalho por autor.
- O valor do pagamento da inscrição é o mesmo, independentemente de apresentação de comunicação ou não.


PROGRAMAÇÃO

20/08 - TERÇA-FEIRA:
8h- Abertura
8:15-9h45: Conferência de Abertura Contra-revolução, ditadura e democracia no Brasil.Prof. Dr.RenatoLemos (UFRJ)
10h-11h45: Conferência Ditaduras e Terror de Estado no Cone Sul. Prof. Dr. Enrique Serra Padrós (UFRGS)
13:30- 15:15: Sessão de Comunicações Acadêmicas 1 (seis sessões paralelas)
15:30-17:15: Sessão de Comunicações Acadêmicas 2 (seis sessões paralelas)
19h – Apresentação: A Ditadura no Oeste do Paraná. Profa. Dra. Carla Luciana Silva (Unioeste)
19:30 a 22h – DepoimentosAluízio Palmar (ex militante PCB, Dissidência Comunista do RJ, MR8 e VPR) e Alberto Fávero(ex-militante Var Palmares)

21/08 - QUARTA-FEIRA:
8h-9:45h: Mesa Redonda. Ditadura, democracia e a questão agrária. Profa. Dra. Regina Bruno (UFRRJ) e Prof. Dr. Paulo Zarth(UNIJUI)
10h-12h: Mesa Redonda A democracia em processo. Prof. Dr. Gilberto Calil (Unioeste); Prof. Dr. José Alfonso Klein (Unioeste); Profa. Dr. Claudia Monteiro (Unioeste)
13:30-15:15: Sessão de Comunicações Acadêmicas 3 (seis sessões paralelas)
15:30-17:15: Sessão de Comunicações Acadêmicas 4 (seis sessões paralelas)
19h-20:30: Conferência A Historiografia do Golpe e da Ditadura. Prof. Dr.Demian Bezerra de Melo (UFRJ).
20:30-22h: Conferência Transição e Democracia. Prof. Dr. David Maciel (UFG)

22/08  QUINTA-FEIRA:
8h-9h30min: Conferência Democracia e luta de classes no Chile de Salvador Allende. Prof. Dr. Mário Maestri (UPF)
9h45min-11h45min: Mesa Redonda A democracia em questão. Prof. Drd. Danilo Martuscelli (UFFS); Profa. Dra. Clarice Speranza (UFPEL); Prof. Dr. Geraldo Magela (Unioeste)
13:30-15:15: Sessão de Comunicações Acadêmicas 5 (seis sessões paralelas)
15:30-17:15: Sessão de Comunicações Acadêmicas 6 (seis sessões paralelas)
19h-22h: Conferência de Encerramento: Capitalismo, luta de classes e democracia no Brasil ContemporâneoProf. Dra. Virgínia Fontes (UFF / FIOCRUZ)

Eventuais alterações serão atualizadas permamentemente em www.historiaepoder.net


SECRETARIA
Laboratório de Pesquisa Estado e Poder
UNIOESTE - Campus Marechal Rondon
Rua Pernambuco, 1777 - CEP: 85960-000 - Fone: (45) 3284-7900
Obs.: A inscrição dá direito ao caderno de resumos e aos anais do evento (que serão produzidos após o evento, na forma impressa e eletrônica)


COMISSÃO CIENTÍFICA
Profa. Dra. Carla Luciana Silva, Prof. Dr. Gilberto Grassi Calil,
Prof. Dr. Marcio Antonio Both da Silva, Prof. Dr. Paulo José Koling; 


COMISSÃO ORGANIZADORA
Carla Luciana Silva; Gilberto Grassi Calil; Paulo José Koling; Márcio Antonio Both da Silva; Alexandre Blankl Batista, Edina Rautenberg, Isabel Grassioli; Marcos Alexandre Smaniotto; Marcos Vinícius Ribeiro; Maria José Castelano; Rodrigo Cândido da Silva, Selma Martins Duarte; Suzane Conceição Pantolfi Tostes; Alana Milcheski, Alexandre Arienti Ramos; Carlos Boaretto Pereira; Ederson Santos, Guilherme Ignácio Franco Andrade,  Kleyne Lance, Juliana Valentin; Marcos Campos, Patrícia Bonilha Leão;  Thomaz Joezer Herler, Valdir Sessi,Luana Milena Pradela, Débora Rey.


INSTRUÇÕES PARA O TEXTO COMPLETO
Prazo máximo para entrega30 de agosto de 2013.
- Texto: Título (centralizado); Autor (à esquerda); Titulação e Vínculo Institucional (em rodapé); Resumo (entre 15 a 20 linhas) e 3 Palavras-Chave.
- Mínimo de 15.000 e máximo 20.000 caracteres, incluindo espaços e notas de rodapé.
- Arquivo com extensão doc ou rtf..
- As indicações de fontes nas citações e autorias, bem como as Referências Bibliográficas devem ser feitas através do sistema autor-data e seguir as normas da ABNT. As notas de rodapé devem ter caráter explicativo ou de comentário.
- Inserir imagens pelo editor com extensão JPG”.
- Formatação: Fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples e Margens com 2,5 cm.
- Tamanho máximo do arquivo de 50 Mb.
- Enviar para o endereço eletrônico do evento – estadoepoder@yahoo.com.br (solicitar confirmação de recebimento


REALIZAÇÃO
- Linha de Pesquisa Estado e Poder - Programa de Pós-Graduação em História, Poder e Práticas Sociais
- Grupo de Pesquisa História e Poder – Colegiado do Curso de História
- Laboratório de Pesquisa Estado e Poder


APOIO
- Colegiado do Curso de História – UNIOESTE
- Programa de Pós-Graduação em História – UNIOESTE
- Laboratório de Ensino de História – UNIOESTE
- Grupo de Estudos da Política da América Latina (GEPAL-UEL)
- Grupo de Pesquisa Capitalismo e História (GPCH-UFG)
- Laboratório de Estudos sobre Militares e Política (LEMA-UFRJ)
- Núcleo de Documentação Histórica (NDH-UPF)
- Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais (NEILS-PUCSP)
- Núcleo de Estudos e Pesquisas em História Contemporânea (NEPHC-UFG)
- Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas – Marx (NIEP-MARX/UFF)



FINANCIAMENTO
-UNIOESTE -Campus de Marechal Cândido Rondon
- Caixa Econômica Federal
-Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
- Fundação Araucária/Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI)



                      

                  

sexta-feira, 19 de abril de 2013


REVISTA CONVERGÊNCIA CRÍTICA 
DOSSIÊ DIREITOS HUMANOS



A REVISTA CONVERGÊNCIA CRÍTICA (ISSN 2238 9288)convida pesquisadoras e pesquisadores da área de Humanidades a participarem do Dossiê “DIREITOS HUMANOS SOB UMA PERSPECTIVA TEÓRICA E CRÍTICA para a sua terceira edição. Todo material recebido é submetido à avaliação da Comissão Editorial e de pareceristas externos. Os artigos serão publicados com uma licença livre, Creative Commons Atribuição Uso não-comercial, o que quer dizer que os artigos podem ser adaptados, copiados e distribuídos, desde que o autor seja citado e que não se faça uso comercial da obra.

A próxima edição receberá textos para seleção e publicação até o dia 31/05/2013. As instruções para publicação podem ser conferidas no site da Revistahttp://www.uff.br/periodicoshumanas/index.php/convergenciacritica/about/submissions#onlineSubmissions  . Como é praxe no periódico, os artigos devem ser submetidos nas línguas portuguesa ou espanhola. Para mais informações, escreva-nos: rconvergenciacritica@gmail.com
Além dos artigos, neste número a revista receberá resenhas e entrevistas.
Pedimos a especial gentileza de divulgar em vossa lista.
Cordialmente,
Comissão Editorial.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

PIG - o exterminador da Verdade









Seria cômico se não fosse trágico. Ou vice-versa (ah que diabos...). Mas o fato é que só fazendo um exercício tradicional de inversão de papéis e caricaturas (isso ficará mais claro já-já) para termos o mínimo entendimento do modus operandi dessa verdadeira máquina de extermínio da lógica e do respeito a inteligência alheia. Falo de nossa imprensa. Que segundo as más línguas é controlada por “meia-dúzia de famiglias”. A questão é complexa e merece uma reflexão mais detida. O que não é o caso aqui. Nos contentaremos apenas com alguns pasitos pelo Teatro de Absurdos em que se transformou a dita-cuja . Talvez assim procedendo seja possível tornar minimamente compreensível o escandaloso oceano de incoerências no qual chafurda os pasquins dessa pátria mãe-gentil.


Então, tudo começa assim:

No início da madrugada do último dia 15 de abril, depois de uma encarniçada batalha voto a voto, o candidato da direita à presidência, Aécio Capriles vence o candidato da “esquerda” Dilmo Maduro. O problema – para alguns – é que ao final Capriles triunfou por pouco mais de 200 mil votos. E aí a história começa de fato. O Brasil, pois é onde se passa o sucedido, é acusado de padecer de uma ditadura. Muitas pessoas não entendem tal acusação: no país o voto não é obrigatório, até os ministros do Supremo são eleitos pelo povo. Fora que as eleições contaram com o acompanhamento de inúmeros órgãos internacionais de fiscalização.


Mas Dilmo e seus correligionários não se fazem de rogado: promovem passeatas, panelaços. Comités do candidato vitorioso são incendiados. Correligionários de Capriles são agredidos. O candidato derrotado não aceita o revés. Macula todo o processo, de maneira irresponsável e fascista. Antes de Dilmo, só os militares em golpes pregressos buscaram violentar com tamanha torpeza a democracia brasileira. Vocifera que assumirá a presidência nem que tenha que escorraçar Capriles de um mandato que a nação brasileira lhe conferiu soberana e democraticamente.


Mas como se não bastasse, uma das situações mais bizarras se passa no plano das repercussões dessa crise em outro país de grande importância estratégica na região. Em especial, a abordagem efetuada pela sua chamada “Grande Imprensa”. Iremos agora à Venezuela.

Na Venezuela, o governo é ocupado há mais de 10 anos por um mesmo partido, o PT, Partido do Trampolim (dito de esquerda). E por isso ele é acusado pela oposição(risos) e pela grande imprensa de ter um projeto nefasto de poder, que objetiva a imposição de um pensamento único. Tudo retratado como uma espécie de Revolução Cultural Venezuelana. Para muitos, o partido teria tornado sistêmica a corrupção no congresso. Isso mesmo levando em consideração o fato de um presidente famoso e intelectual ter sujado as mãos com compra de votos para aprovar a sua reeleição, num ato de banditismo político sem precedentes na história da República. Por muito menos - a compra de um FIAT pelo PêCê Farinha - Fernando Dollar foi afastado do cargo.


Seu principal oponente é o Partido da Social-Democracia Bolivariana, o PSDêBê. Por outro lado, este governa há mais de 18 anos um dos estados mais populosos, Carabobo. E aqui ninguém - nem a imprensa – faz qualquer insinuação de que tal permanência no poder constitua uma ameaça à democracia, não digo venezuelana, mas carabobense.


Mas o mais importante, toda a grande imprensa desse país fez intensa campanha de apoio à tentativa de golpe perpetrado por Dilmo. Praticamente todos proclamam a necessidade de recontagem dos votos e desfiam a tese de que o Brasil vive uma draconiana ditadura. Alegam que Aécio se serviu de fraudes, ameaças, coações, compra de votos.


O mais interessante é como os órgãos de imprensa buscam fundamentar as suas teses(risos). Para tanto reverberam a posição imparcial e desinteressada de Cuba, justamente o maior inimigo do Brasil. Antes mesmo da declaração do vencedor legítimo do pleito, o porta-voz da Casa Mulata se apressou em exigir a recontagem de votos. Simples assim. Considerada bastião da democracia, Cuba impõe um desumano bloqueio econômico de décadas contra o pobre EUA. Pelo simples fato deste não ter querido se alinhar politicamente com Cuba. No início da década de 60, o presidente cubano, John Kenny-G só participou ativamente de um plano para assassinar o então presidente dos EUA, Pitel Castro. Só isso. Como admitir que um presidente possa participar de um plano de execução física de um adversário político? O que o diferencia de figuras como Saddam Hussein, Pol Pot, Muamar Kadafi ou Lampião? Que democracia é essa? Mas em Cuba tudo é possível, inclusive ter o maior arsenal nuclear do mundo e vários mísseis apontados contra diversos países afora, e ter a coragem de declarar como ameaça ao mundo um país que tinha se tanto um barril com produtos químicos numa fábrica abandonada, como foi o caso do Iraque.


Mas a imprensa venezuelana não está nem aí para algo como a coerência. Na verdade, se fizermos um rápido resgate da sua história, veremos que tal imprensa pode ser tudo menos incoerente. Uma rápida visita à abordagem dela sobre a Revolução(sic) Redentora(sic) de 64 é mais do que suficiente sobre isso:

O jornal O Planeta assim exaltava o famigerado movimento:

“Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem.

Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.


O JV, Jornal da Venezuela, não pestanejava em seu editorial de 1º de abril daquele ano:

“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade ... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas”


O Correio da Madrugada festejava: "Lacerda anuncia volta do país à democracia." O Estado de Carabobo não deixava por menos: “Democratas dominam toda a Nação”. A Folha de Carabobo arrematava: “São claros os termos do manifesto do comandante do II Exército. Não houve rebelião contra a lei. Na verdade, as Forças Armadas destinam-se a proteger a pátria e garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem”.


Mesmo no fim da ditadura militar, celebrada por esses órgãos como uma autêntica revolução democrática, alguns chefetes dessa imprensa não deixaram de expressar a sua lealdade para com os generais. Talvez o maior deles, Bob Mariño, dono de O Planeta, assinava o seguinte editorial intitulado “Julgamento da Revolução", de 1984:

"Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada". 


Mas não esqueçamos da Revista Vesga. Essa a mais virulenta de todas. Um dos seus articulistas classifica simplesmente como narco-militar-terrorista a pseudo (segundo ele) democracia brasileira.  Uma ditadura sangrenta, bestial, que se inspira num bandido, um “porco fedorento” – assim o articulista se refere a Che Guevara. Outro bastião da democracia, a revista Vesga vem ganhando notoriedade pelas sucessivas matérias de cunho racista, homofóbico e golpista na Venezuela. Mas não é de hoje. A revista criada em fins da década de 60 já fazia das suas. Era pródiga em publicar fotos e textos pedindo informações “custasse o que custasse” sobre militantes da esquerda, classificados pela revista Vesga como verdadeiros “agentes do terror”. Matérias nas quais tais agentes eram sempre perfilados como “Procurados”. Era a revista criminalizando desde sempre a resistência contra a ditadura.


Pior: a Vesga não tinha o menor pudor de fazer o papel de capitão do mato do regime. Numa das suas mais famosas caçadas, o alvo foi o líder da ALN (Ação de Libertinagem Nacional), Carlos Magrella. Sua morte foi intensamente festejada pelo pasquim. A edição comemorativa da morte da “alma da escalada do terrorismo” se constitui num dos maiores atentados aos direitos humanos. A Vesga assevera que mesmo cercado por 40 policiais, Magrella não se rendeu, para depois complementar: “Ele nem chegou a pegar sua arma”. Lembra que na Alameda Casa Roxa – local da tocaia - houve um intenso tiroteio entre a polícia e 13(!?!) homens do “esquema de segurança” de Magrella. Para logo depois se trair novamente: “Sozinho e confiante, Carlos Marighella caminhou para o carro onde morreu”.

E como se não bastasse, a revista ainda estampava para abrilhantar mais ainda a edição comemorativa, a foto de uma menina e a reprodução da rápida conversa que teve com sua mãe assim que soube do ocorrido ali mesmo na Casa Roxa:

“Mamãe, conseguimos. Mataram o Magrella!!!”


E depois disso tudo, a revista publicaria extensa entrevista com o General Venezuelano Mérdici, responsável pela imposição do UI-5, detonando uma verdadeira escalada da repressão e tortura. Não para Vesga. O título da capa mais uma vez fazia pouco caso da inteligência e dignidade humanas: “O presidente não admite torturas”.


Com uma imprensa como essa, golpista até a medula, como não ter pena da Venezuela? Onde podemos encontrar uma imprensa que defende tortura e golpe como se tivesse tudo a ver com democracia?


É difícil entender. Pobre povo venezuelano.....



* Leonardo Soares é flamenguista, professor e historiador. Ou seja: um perfeito sofredor!